2 de fevereiro de 2018

PARÁ: SESPA MANTÉM ESTRATÉGIA CONTRA FEBRE AMARELA: “VACINA É MELHOR FORMA DE SE PROTEGER”, DIZ SECRETÁRIO

Governo do Pará mantém a recomendação da vacinação contra a febre amarela em todo o estado, principalmente em municípios do interior. O secretário de Saúde, Vítor Mateus, em visita a Santarém, no oeste do Pará, declarou que a vacina é melhor forma de se proteger contra a doença e que o estado possui reserva de 160 mil doses para abastecer a região.
Mateus disse que não há casos registrados da doença no estado e garantiu também que não há falta de vacina para os municípios do oeste do Pará. “A melhor arma que nós temos hoje para a febre amarela é a vacina. Então, se as pessoas se vacinarem, tem garantia de imunização sobre a doença. A vacina é gratuita, dá uma boa proteção e está disponível nos postos”, disse.
Apesar de não haver registro de febre amarela na região, a Sespa informou que as vacinas estão disponíveis para em todos os postos de saúde. Quem tiver interesse em se imunizar contra a doença e demais doenças tropicais podem se dirigir aos locais. A prioridade são pessoas que moram na zona rural e quem vai viajar para as regiões endêmicas.

Quem pode ou não tomar a vacina
Deve tomar a vacina todo morador de município com o vírus circulando ou visitante desses lugares, 10 dias antes de viajar. Grávidas, crianças com menos de seis meses de idade, alérgicos a ovos e pessoas que vivem em áreas sem alto risco do vírus não devem tomar a vacina. Pessoas com mais de 60 anos devem consultar um médico antes de se vacinar.

Mortes em 2017

A região oeste do Pará registrou a morte de cinco pessoas entre janeiro a novembro de 2017 em razão de febre amarela, segundo um balanço do 9º Centro Regional de Saúde da Sespa, responsável por Santarém e outras 18 cidades. Ao todo, foram nove casos confirmados da doença. De novembro de 2017 até janeiro deste ano, nenhum caso foi registrado.
O balanço mostra que, em Alenquer, três pessoas morreram vítimas de febre amarela. Outras duas mortes foram registradas em Monte Alegre e Aveiro. Quatro casos confirmados foram registrados em Juruti, Alenquer, Oriximiná e Monte Alegre. Os pacientes foram internados, medicados e receberam alta meses depois. Um caso suspeito em Itaituba foi descartado.

A doença

A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitida por mosquitos. A infecção pode ser categorizada de duas formas: febre amarela urbana, quando é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti ou febre amarela silvestre, quando transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethe, que vivem nas matas e na beira dos rios.
A doença é considerada aguda e hemorrágica e recebe este nome, pois causa amarelidão do corpo (icterícia), febre alta e hemorragia em diversos graus. Não pode tomar remédios a base de ácido acetilsalicílico. O vírus é tropical e mais comum na América do Sul e na África. A maioria das pessoas não apresenta sintomas e evoluem para a cura.

Existem dois ciclos da febre amarela. A febre amarela silvestre, em que mosquitos destas regiões se infectam picando primatas com a doença e podem transmitir a um humano que visite este habitat. A febre amarela urbana, em que um humano infectado anteriormente pela febre amarela silvestre a transmite para mosquitos urbanos, como o Aedes aegypti.

G1/Pará
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