Governo do Pará mantém a recomendação da vacinação
contra a febre amarela em todo o estado, principalmente em municípios do
interior. O secretário de Saúde, Vítor Mateus, em visita a Santarém, no oeste
do Pará, declarou que a vacina é melhor forma de se proteger contra a doença e
que o estado possui reserva de 160 mil doses para abastecer a região.
Mateus disse que não há casos registrados
da doença no estado e garantiu também que não há falta de vacina para os
municípios do oeste do Pará. “A melhor arma que nós temos hoje para a febre
amarela é a vacina. Então, se as pessoas se vacinarem, tem garantia de
imunização sobre a doença. A vacina é gratuita, dá uma boa proteção e está
disponível nos postos”, disse.
Apesar de não haver registro de febre amarela na
região, a Sespa informou que as vacinas estão disponíveis para em todos os
postos de saúde. Quem tiver interesse em se imunizar contra a doença e demais
doenças tropicais podem se dirigir aos locais. A prioridade são pessoas que
moram na zona rural e quem vai viajar para as regiões endêmicas.
Quem pode
ou não tomar a vacina
Deve tomar a vacina todo morador de município com o
vírus circulando ou visitante desses lugares, 10 dias antes de viajar.
Grávidas, crianças com menos de seis meses de idade, alérgicos a ovos e pessoas
que vivem em áreas sem alto risco do vírus não devem tomar a vacina. Pessoas com
mais de 60 anos devem consultar um médico antes de se vacinar.
Mortes em 2017
A região oeste
do Pará registrou a morte
de cinco pessoas entre janeiro a novembro de 2017 em razão
de febre amarela, segundo um balanço do 9º Centro Regional de Saúde da Sespa,
responsável por Santarém e outras 18 cidades. Ao todo, foram nove casos
confirmados da doença. De novembro de 2017 até janeiro deste ano, nenhum caso
foi registrado.
O balanço mostra que, em Alenquer, três
pessoas morreram vítimas de febre amarela. Outras duas mortes foram registradas
em Monte Alegre e Aveiro. Quatro casos confirmados foram registrados em Juruti,
Alenquer, Oriximiná e Monte Alegre. Os pacientes foram internados, medicados e
receberam alta meses depois. Um caso suspeito em Itaituba foi descartado.
A doença
A febre amarela
é uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitida por mosquitos. A
infecção pode ser categorizada de duas formas: febre amarela urbana, quando é
transmitida pelo mosquito Aedes aegypti ou febre amarela silvestre, quando
transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethe, que vivem nas matas e na
beira dos rios.
A doença é considerada aguda e hemorrágica
e recebe este nome, pois causa amarelidão do corpo (icterícia), febre alta e
hemorragia em diversos graus. Não pode tomar remédios a base de ácido
acetilsalicílico. O vírus é tropical e mais comum na América do Sul e na
África. A maioria das pessoas não apresenta sintomas e evoluem para a cura.
Existem dois ciclos da febre amarela. A
febre amarela silvestre, em que mosquitos destas regiões se infectam picando
primatas com a doença e podem transmitir a um humano que visite este habitat. A
febre amarela urbana, em que um humano infectado anteriormente pela febre
amarela silvestre a transmite para mosquitos urbanos, como o Aedes aegypti.
G1/Pará
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