23 de dezembro de 2015

Quase 500 kg de peixe no período defeso e quelônios são apreendidos

Ação ocorreu na manhã desta quarta-feira (23) após denúncias.
Peixes serão doados para instituições de caridade.
Várias espécies de peixe estão no período do defeso para reprodução (Foto: Reprodução/TV Tapajós)
Cerca de 500 kg de peixe que estão no período do defeso e oito quelônios foram apreendidos na manhã desta quarta-feira (23) em Santarém, oeste do Pará, pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e Ibama. A ação foi realizada pelo órgão ocorreu após várias denúncias.
Alguns peixes foram encontrados dentro da Feira do Pescado e outra quantidade em frente ao local. Os quelônios estavam em uma embarcação nas proximidades. O chefe de fiscalização da Semma, Arlen Lemos informou que no período do defeso é constante as denúncias sobre a venda de peixes em proibição. “Fizemos a ação de fiscalização para coibir essa prática ilegal. Observamos também que alguns peixes não estavam bem armazenados, vamos levá-los a Divisa para serem feitos os procedimentos”, informou.
O agente ambiental do Ibama, Manoel Costa, informou que o órgão também recebeu denúncias sobre a venda ilegal do pescado proibido. “Infelizmente o pessoal sabe da proibição, mas insistem em manter. Tem vários isopores carregados com o pescado. Comunicamos a administração do mercado e sempre eles colaboram para evitar que o peixe entre no mercado. Nós vamos solicitar da administração a exclusão desses comerciantes, infelizmente teremos que chegar a esse ponto. Na medida que for constatando a comercialização do pescado proibido nós vamos requerer através de ofício a exclusão desses vendedores. Muitas pessoas querem trabalhar honestamente e não tem essa oportunidade de um espaço para vender”.
8 quelônios foram apreendidos numa embarcação
(Foto: Reprodução/TV Tapajós)

Ainda de acordo com o agente, argumentos de que não conhecem o período de proibição não é justificativa, pois o defeso acontece há anos. Costa lamenta que muitos vendedores arriscam para tentar adquirir um lucro extra. Ele defende a importância de conservar o período do defeso. “O respeito ao defeso contribui para maior reprodução das espécies de peixe”.
O administrador da Feira do Pescado, Edvaldo Pinheiro, afirma ter ficado surpreso com o pescado em defeso sendo vendido na feira. “Todos estavam avisados.
Nós comunicamos, a diretoria [Colônia de Pescadores Z-20] veio no mercado falou para o pescadores e vendedores. Saiu a publicação do Diário Oficial que está exposto para todos, assim como o nome das espécies de peixe em proibição”.
Quelônios
Parte do peixe foi encontrada na Feira do Pescado
(Foto: Reprodução/TV Tapajós)

Quanto aos quelônios, o chefe de fiscalização da Semma informou que a espécie está na lista de animais silvestres vulneráveis de extinção, por isso é proibida a captura.
De acordo com o agente do Ibama, o proprietário da embarcação onde foram encontrados os quelônios fugiu do local. “Nós vamos providenciar a soltura dos animais, documentar o local e tirar as coordenadas geográficas”.
Peixes em defeso
Até dia 15 de março de 2016 estão proibidas em Santarém a captura e venda de oito espécies de peixe: jatuarana, pacu, mapará, pirapitinga, aracu, curimatá, branquinha e fura-calça.


Fonte: G1 Santarém
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