Os garimpeiros falam
na forma arbitrária como é feita a ação dos fiscais do IBAMA ou ICMBio, com uso da força e atos de violência,
especialmente queima e destruição total dos equipamentos de trabalho”,
destacou. O superintendente do IBAMA no Pará, Hugo Rubert Shaedler, reconhece que
quando o órgão realiza operações contra o Desmatamento na região, como eles não têm um espaço adequado para armazenar o
equipamento apreendido, muitos são destruídos no próprio local, mesmo sabendo
da necessidade de equipamentos das prefeituras locais mas diz que não tem como
parar a fiscalização.
“Não é uma operação de combate aos garimpos, mas de
combate aos crimes ambientais que rebatem nos garimpos”, afirmou o
superintendente, ressaltando que nos últimos anos tem crescido muito o registro
de Desmatamentos na região em decorrência dos garimpos. “Fomos
fiscalizar porque começaram a aparecer, nas imagens dos satélites, áreas muito
grande de Desmatamento nos garimpos. Temos três mil mapeados, mas só
em poucos houve apreensão e ainda menos queima de equipamentos. Não há como não
fiscalizar, multar e, com base na Legislação, até retirar equipamentos. Dentro
das áreas de Proteção Ambiental (APA) e áreas de proteção integral (API) não vai
haver tolerância. Mas nossa intenção não é polarizar.
Ocorre que queimar
máquinas pode levar a incêndios florestais na Amazônia de resultados
piores do que os pequenos desmatamentos produzidos pelos garimpeiros,
essencialmente no período seco, que corresponde ao mesmo período das
fiscalizações.
A frequência dos incêndios florestais na Amazônia
está mudando rapidamente. Ao invés do ciclo natural de ocorrência de 400 a 900
anos, parte da região mais fragmentada da Amazônia (Amazônia oriental) está
queimando em intervalos de 12 a 24 anos. Esse é um dos resultados da pesquisa
Modelagem de Incêndios Florestais da Amazônia, que esta sendo realizada pela
geógrafa Ane Alencar e parte do Projeto Modelagem do Uso da Terra do Instituto
de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
Segundo Ane, entre 1984 e 2008, foram mapeados 24
anos de história de incêndios florestais em três paisagens da Amazônia oriental,
representando três tipos de floresta: densa, aberta e de transição. “Essa
história de fogo foi utilizada para determinar a relação entre a extensão dos
incêndios florestais na Amazônia e fenômenos climáticos como o El Niño”,
explica a pesquisadora. O trabalho faz uso do primeiro banco de dados histórico
de incêndios florestais da Amazônia.
“Esse banco de dados é fundamental para explorar
relações entre eventos climáticos, não só com variações anuais no clima e
impacto das secas causadas por eventos como o El Niño nas florestas da região,
mas também para abastecer os modelos de fogo que preveem secas futuras para a
Amazônia”, diz a geógrafa.
O histórico de cicatrizes de
incêndios florestais será utilizado para derivar a relação com fragmentação e
desmatamento. Esse é um passo fundamental para determinar qual o limite em que
uma paisagem fragmentada começa a ter mais influência no risco de incêndios do
que somente a seca provocada por mudanças no clima.
-O
risco de incêndio não é o único risco, pois as populações locais e as demais
espécies vivas que eles pretendem proteger terão que inalar
a fumaça tóxica provocada pela queima de pneus e
óleos combustíveis tóxicos
Fonte: http://jornaldouro.blogspot.com.br/
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