28 de julho de 2015

Teria um risco de incêndios florestais com a queima dos equipamentos garimpeiros perpetrados pelo ICMBio e Ibama sem a presença de bombeiros nos garimpos do tapajós?

 Blog Jornal do Ouro
Os garimpeiros falam na forma arbitrária como é feita a ação dos fiscais do IBAMA ou ICMBio, com uso da força e atos de violência, especialmente queima e destruição total dos equipamentos de trabalho”, destacou. O superintendente do IBAMA no Pará, Hugo Rubert Shaedler, reconhece que quando o órgão realiza operações contra o Desmatamento na região, como eles não têm um espaço adequado para armazenar o equipamento apreendido, muitos são destruídos no próprio local, mesmo sabendo da necessidade de equipamentos das prefeituras locais mas diz que não tem como parar a fiscalização.
“Não é uma operação de combate aos garimpos, mas de combate aos crimes ambientais que rebatem nos garimpos”, afirmou o superintendente, ressaltando que nos últimos anos tem crescido muito o registro de Desmatamentos na região em decorrência dos garimpos. “Fomos fiscalizar porque começaram a aparecer, nas imagens dos satélites, áreas muito grande de Desmatamento nos garimpos. Temos três mil mapeados, mas só em poucos houve apreensão e ainda menos queima de equipamentos. Não há como não fiscalizar, multar e, com base na Legislação, até retirar equipamentos. Dentro das áreas de Proteção Ambiental (APA) e áreas de proteção integral (API) não vai haver tolerância. Mas nossa intenção não é polarizar.
Ocorre que queimar máquinas pode levar a incêndios florestais na Amazônia de resultados piores do que os pequenos desmatamentos produzidos pelos garimpeiros, essencialmente no período seco, que corresponde ao mesmo período das fiscalizações.
A frequência dos incêndios florestais na Amazônia está mudando rapidamente. Ao invés do ciclo natural de ocorrência de 400 a 900 anos, parte da região mais fragmentada da Amazônia (Amazônia oriental) está queimando em intervalos de 12 a 24 anos. Esse é um dos resultados da pesquisa Modelagem de Incêndios Florestais da Amazônia, que esta sendo realizada pela geógrafa Ane Alencar e parte do Projeto Modelagem do Uso da Terra do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).
Segundo Ane, entre 1984 e 2008, foram mapeados 24 anos de história de incêndios florestais em três paisagens da Amazônia oriental, representando três tipos de floresta: densa, aberta e de transição. “Essa história de fogo foi utilizada para determinar a relação entre a extensão dos incêndios florestais na Amazônia e fenômenos climáticos como o El Niño”, explica a pesquisadora. O trabalho faz uso do primeiro banco de dados histórico de incêndios florestais da Amazônia.
“Esse banco de dados é fundamental para explorar relações entre eventos climáticos, não só com variações anuais no clima e impacto das secas causadas por eventos como o El Niño nas florestas da região, mas também para abastecer os modelos de fogo que preveem secas futuras para a Amazônia”, diz a geógrafa.
O histórico de cicatrizes de incêndios florestais será utilizado para derivar a relação com fragmentação e desmatamento. Esse é um passo fundamental para determinar qual o limite em que uma paisagem fragmentada começa a ter mais influência no risco de incêndios do que somente a seca provocada por mudanças no clima.


-O risco de incêndio não é o único risco, pois as populações locais e as demais espécies vivas que eles pretendem proteger terão que inalar a fumaça tóxica provocada pela queima de pneus e óleos combustíveis tóxicos 

Fonte: http://jornaldouro.blogspot.com.br/
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