Foto Reprodução (Facebook) |
Presidente e mais oito pessoas foram afastadas
da Câmara Municipal de Rosana (SP)
Um dos envolvidos é o
presidente da Câmara, Roberto Fernandes Moya Júnior (PSDB). Os outros quatro
são Cícero Simplício (PTB), Filomeno Carlos Toso (PTB), Valdemir Santana dos
Santos (PPS) e Walter Gomes da Silva (SD). Os investigados são réus em ação civil
pública por improbidade administrativa ajuizada no dia 6 de dezembro pela
Promotoria de Justiça de Rosana (SP).
De acordo com a ação, os vereadores articularem um esquema para desviar verbas públicas em proveito próprio. Eles desviavam verbas de diárias para viagens que seriam de caráter político e participação em cursos
De acordo com a ação, os vereadores articularem um esquema para desviar verbas públicas em proveito próprio. Eles desviavam verbas de diárias para viagens que seriam de caráter político e participação em cursos
A
Justiça também autorizou a busca e apreensão dos telefones celulares, chips e
cartão de memória dos envolvidos, além de busca domiciliar. A promotoria
comprovou que a maioria das despesas pagas não era realizada e que muitos das
despesas eram justificadas com declarações genéricas sem explicitar real
interesse público.
Reprodução (Facebook) |
De acordo com as apurações da
Promotoria de Justiça, os vereadores utilizaram dinheiro público para pagar
festas regadas a bebidas e prostitutas, em Brasília e em Goiás. Eles se
hospedavam juntos no mesmo quarto e, sob a alegação de que a legislação não
exige a devolução do valor da sobra da diária, incorporavam o dinheiro.
Segundo
o MP, a mulher do Presidente da Câmara também participava do esquema porque
ficou comprovado que houve depósitos de dinheiro público relativo às diárias na
conta pessoal dela. Os envolvidos também foram denunciados à Justiça Criminal.
Nas redes sociais, Aline postava diversas fotos em festas com amigos, além de
viagens e lazer à beira da piscina.
Ainda
segundo a ação civil pública, entre os anos de 2013 e 2015, somente o
Presidente da Câmara realizou 57 viagens, todas sem qualquer finalidade
pública, sempre se apropriando do dinheiro que lhe era confiado. Algumas vezes
os vereadores viajavam de carro oficial e ficavam com o valor das passagens de
avião. Apenas um dos servidores públicos denunciados teria desviado R$
19.199,00 entre 2014 e agosto de 2015 com viagens sem comprovação de despesas
com hospedagem e alimentação.
A Lei 270/95 regulamenta as
despesas com diárias pelos Vereadores da Câmara Municipal de Rosana. A
legislação estabelece que o vereador, caso seja preciso, deve viajar com seu
dinheiro próprio e, após a comprovação dos gastos, ser reembolsado pelas suas
despesas. Entretanto, a Resolução 03/2014, elaborada pelos Vereadores
envolvidos determina o contrário do que diz a Lei 270/95.
O MP
explica que a resolução criou o sistema de adiantamento das despesas, ou seja,
o vereador expressa quantas diárias precisará e esse valor, antes mesmo da
realização da viagem, é depositado na sua conta pessoal. E determina, ainda,
que não é necessária a prestação de contas e nada prevê quanto a devolução aos
cofres públicos dos valores não gastos.
Ainda
segundo o "R7", os envolvidos contavam com a aquiescência do
Controlador Interno que, além de também desviar verba pública, sempre emitia
pareceres pela regularidade das contas apresentadas pelo grupo.
Por: R7
Por: R7
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