A exportação de milho pelos portos do Norte tem
ganhado força nas últimas safras. De acordo com o Instituto Mato-grossense de
Economia Agropecuária (Imea), o trecho Sorriso-Miritituba na BR-163, tem sido mais
demandado para envio do milho das últimas semanas, “andando em linha com a
tendência esperada de aumento da participação dos portos do Arco Norte nos
embarques de grãos de Mato Grosso”.
(Imagem da internet) |
Conforme o Imea, na primeira semana de agosto, o
preço disponível de mercado em Sorriso registrou média de R$ 10,43/sc, enquanto
o frete rodoviário Sorriso-Santos apresentou média de R$ 16,68/sc, “o que
demonstra um custo mais elevado com o frete do que com a venda do cereal”. No
outro lado, os preços do frete para o envio rodoviário de Sorriso-Miritituba
tiveram custo menor, de R$ 13,20/sc no mesmo período (desconsiderando o custo
com barcaça).
De acordo com o instituto, a colheita desta safra do
milho de Mato Grosso está se aproximando do fim. “Tal fato, em conjunto com a
grande safra deste ano, faz com que a movimentação das cargas aos portos se
torne mais intensa neste momento. Os fretes se elevando e as cotações em baixa
no mercado têm refletido no bolso do produtor”.
Conforme Só Notícias/Agronotícias já informou, o
cereal mato-grossense alcançou 72,95% da produção estimada, registrando um
avanço mensal de 5,5 pontos percentuais. Desta forma, 1,64 milhão de toneladas
de milho foram negociadas no último mês, com preço médio mensal cotado a R$
15,29/sc. No mês de julho, como ocorreu em junho, os leilões públicos foram um
dos principais motivos para dar fluidez às vendas em Mato Grosso, com destaque
para os leilões de Pepro e o PEP.
“Apesar disso, as vendas acumuladas da safra 2016/17
registram ainda um atraso significativo em relação ao mesmo período da safra
2015/16, quando 94,78% da safra já estava negociada. Ainda assim, considerando
o desempenho dos preços no mercado interno neste momento, que estão bem abaixo do
preço mínimo em grande parte de Mato Grosso, para os próximos meses, as vendas
tendem a continuar atreladas aos leilões públicos”, registrou o Imea.
Fonte: Só Notícias/Agro Notícias.
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