O Corpo de Bombeiros tem
apenas 25 quarteis para atender os 144 municípios do Pará. Além do número
insuficiente de unidades, a corporação também sofre com o sucateamento da frota
e dos equipamentos. A denúncia é do Ministério Público Militar.
No quartel do Corpo de
Bombeiros de Ananindeua, 24 viaturas e ambulâncias estão paradas há mais de um
ano por falta de manutenção. Cada caminhão vem de longe, é importado da
Escandinávia, na Europa, e custa em média três milhões de reais. Fotos de uma
vistoria do Ministério Público mostram em detalhes o estado crítico de alguns
veículos.
Este é apenas um de
vários problemas que estão sob a investigação do Ministério Público Militar. O
estado do Pará tem 144 municípios. Cada um deveria ter quartel do Corpo de
Bombeiros, mas apenas 25 cidades têm essa estrutura. A tropa é pequena. Tem
apenas 2.000 homens, quando deveria ter aproximadamente 5.000. Alguns
equipamentos estão sucateados, o que coloca a vida dos bombeiros em risco. A
denúncia é do promotor de Justiça Militar Armando Brasil, que relembrou o caso
do bombeiro Martinho, que morreu depois de socorrer duas vítimas que se
afogavam em Mosqueiro, em janeiro de 2015.
“Ele acabou morrendo por
falta de equipamento e por falta de um outro salva vida para lhe dar segurança.
Os equipamentos utilizados nessa missão já estavam realmente sucateados”, diz
Armando Brasil.
Em Julho do ano passado,
outro caso que refletiu a falta de estrutura foi um incêndio de grande
proporção, que só foi controlado depois que viaturas de Santa Izabel, São
Miguel, Marituba e de Belém foram deslocadas para a cidade.
Em Altamira os bombeiros
trabalham de forma improvisada há 10 anos no antigo matadouro da cidade, que
nunca foi reformado para receber a tropa.
Em nota, o Corpo de
Bombeiros negou a situação de abandono ou sucateamento e disse que tem 22
viaturas em manutenção e outras 16 em reforma. Elas serão reintegradas à frota
depois dos serviços. A assessoria não comentou sobre o quartel de Altamira e
nem sobre os equipamentos, mas informou que vai prestar esclarecimentos ao
Ministério Público.
Fonte: G1-Pará
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