Depois de ter constatado uma vez mais a complexidade da luta contra as "fake news" (notícias falsas) que pipocam nas redes sociais, o Facebook anunciou nesta quinta-feira (21) uma nova estratégia para denunciá-las que parece ser mais eficaz.
No ano passado, o grupo lançou uma série de medidas destinadas a reduzir a circulação de informações falsas, sobretudo minimizando a difusão de publicações procedentes de fontes duvidosas, desenvolvendo alianças com organizações exteriores que verificam as informações ("fact-checking") e colocando um ícone com formato de triângulo vermelho ("red flag") perto de algumas publicações consideradas "fake news", segundo os critérios do "fact-checking".
No entanto, o Facebook considera que o ícono de advertência não só não é eficaz, como pode produzir o efeito contrário.
Conversando com usuários "percebemos que caçar a desinformação é um desafio", escrevem os responsáveis encarregados deste assunto no Facebook.
A rede social propõe agora ao usuário que quiser compartilhar um link duvidoso, que leia o que digam os veículos associados que se encarregam do "fact-checking" sobre o conteúdo. Segundo o grupo, que começou a implementar essa nova ideia há alguns meses, essa prática limita o número de vezes que se compartilham informações falsas.
Como acontece com Twitter e Google, o Facebook é acusado de servir de plataforma para "fake news", acusações que têm tido um viés bastante político desde a eleição de Donald Trump e as acusações contra a Rússia por parte de Washington de ter tratado de influenciar na campanha eleitoral utilizando, entre outros, as redes sociais.
A Agência France Presse (AFP) esta entre os veículos associados ao Facebook para fazer o "fact-checking".
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