O trabalho será realizado
por mais de mil pessoas no Pará. O último Censo Agro foi realizado em 2006.
A partir de hoje (02), e
durante os próximos cinco meses, quase 19 mil recenseadores irão visitar mais
de 5,3 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o país. A coleta de
dados será inteiramente digital e as operações serão monitoradas via internet.
O Censo Agro também vai subsidiar a criação uma nova pesquisa anual do IBGE: a
Pesquisa Nacional por Amostra de Estabelecimentos Agropecuários.
O IBGE começa hoje a
coleta de dados do seu 10º Censo Agropecuário. Ao longo de cinco meses, os
recenseadores irão visitar mais de 5,3 milhões de estabelecimentos
agropecuários em todo o país, levantando informações sobre a área, a produção,
as características do pessoal ocupado, o emprego de irrigação, o uso de
agrotóxicos, entre outros temas. O importante papel da agricultura familiar na
produção agropecuária do país será investigado mais uma vez. Os resultados do
Censo Agro 2017 devem começar a ser divulgados pelo IBGE em meados de 2018.
Censo Agro 2017
selecionou mais de 26 mil trabalhadores temporários
O IBGE realizou dois
processos seletivos simplificados para os temporários que atuarão no Censo
Agropecuário 2017. Mais de 130 mil pessoas se inscreveram para concorrer a
26.010 vagas, das quais 171 para profissionais de nível superior em 18
diferentes áreas de conhecimento, para o cargo de Analista Censitário. As
demais vagas foram para nível médio (6.139, destinadas aos Agentes
Supervisores) e fundamental (18.845, para os Recenseadores). Foram abertas
vagas em pouco mais de 4 mil municípios do país. O treinamento dos
recenseadores foi descentralizado e terminou na última semana.
Coleta será digital e
monitorada via internet
Em 2017, a coleta de
dados do Censo Agro 2017 será inteiramente digital, através dos Dispositivos
Móveis de Coleta (DMCs). Esses dispositivos rodam um aplicativo inteiramente
desenvolvido pela Diretoria de Informática do IBGE e serão capazes de mostrar a
imagem do setor censitário, a posição do recenseador no terreno e os endereços
dos estabelecimentos a serem recenseados.
Através do DMC, também
será possível identificar novos estabelecimentos e cadastrá-los. Além disso,
para garantir que as informações sejam coletadas no setor determinado, o
sistema utiliza o GPS e, inclusive, não permite que o questionário do Censo
Agro seja aberto fora do local correto.
O novo sistema também vai
melhorar a crítica dos dados, orientando os recenseadores durante a coleta,
para que o questionário seja preenchido de forma correta. À medida que o
recenseador coleta as informações, os dados já começam a ser transmitidos e
conferidos.
Agropecuária do país
também será investigada por pesquisa amostral
O Censo Agropecuário 2017
vai subsidiar a implantação do cadastro de estabelecimentos agropecuários e do
Sistema Nacional de Pesquisas Agropecuárias. Isso permitirá a criação da
Pesquisa Nacional por Amostra de Estabelecimentos Agropecuários, que irá a
campo, anualmente, captar dados pormenorizados sobre receitas e despesas na
produção, crédito e seguro rural, proteção de mananciais, conservação da fauna
e flora, uso de agrotóxicos, técnicas de produção, além da situação social e
familiar dos trabalhadores do campo, entre outros temas.
No Estado do Pará, o
trabalho será realizado por mais de mil pessoas. A coleta encerra no final de
fevereiro de 2018 e a divulgação dos primeiros resultados deve ocorrer a partir
de maio.
De acordo com o IBGE, o
Censo Agropecuário é a mais completa investigação da estrutura e da produção
agrícola, da pecuária, da silvicultura e da aquicultura no país. Cerca de 5,3
milhões de estabelecimentos serão pesquisados em todo o Brasil e o resultado
mostrará as transformações nas atividades agropecuárias ocorridas nos últimos
dez anos, tais como a ação de redistribuição de terras, a expansão das
fronteiras agrícolas, as alterações no uso do solo, o uso das práticas
agrícolas, de conservação do solo e de tecnologias que envolvem a agropecuária.
Este será o primeiro
Censo Agropecuário a ser feito integralmente por meio digital, mesmo nas
regiões mais remotas do país. Os recenseadores devem visitar estabelecimentos
que desenvolvam atividades agropecuárias, florestais e aquícolas para venda ou
subsistência, independentemente do seu tamanho.
Um questionário deverá
ser respondido pelo produtor ou pelo administrador da unidade, seja ele o chefe
de uma pequena unidade de agricultura familiar ou o proprietário de extensas
terras do agronegócio.
O último Censo Agro foi
realizado em 2006 e apontava que o Pará possuía cerca de 196 mil unidades
dedicadas à agricultura familiar, ocupando uma área de quase 7 milhões de
hectares. Mais de dez anos depois a pesquisa vai acompanhar como o cenário
rural do Pará e do Brasil se modificou, permitindo às entidades governamentais
e à sociedade civil ver de perto esse setor da economia brasileira.
Fonte: IBGE
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